A Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson desempenha um papel crucial. Essa é uma condição que afeta o sistema nervoso, sendo que um fisioterapeuta especializado pode ajudar a retardar e controlar muitos dos seus sintomas.

Hoje vamos comentar alguns dos principais benefícios que as práticas fisioterapêuticas podem proporcionar para pacientes com Parkinson. Esperamos que goste da leitura!

Importância da fisioterapia no tratamento da Doença de Parkinson

A Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson desempenha um papel essencial no cuidado abrangente e na melhoria da qualidade de vida das pessoas com essa condição. 

O fisioterapeuta especializado compreende os desafios específicos enfrentados pelos pacientes devido a lentidão dos movimentos, tremores, rigidez muscular, dificuldades de equilíbrio, marcha e coordenação. 

As intervenções fisioterapêuticas ajudam, por exemplo, a prevenir quedas, aprimorar a capacidade de se levantar e sentar, além de melhorar a marcha, contribuindo para maior independência e segurança.

Além disso, um componente frequentemente subestimado da fisioterapia especializada para pacientes com Parkinson é o treinamento vocal e facial. 

Dada a prevalência de hipomimia (face pouco expressiva) e dificuldades de fala, exercícios específicos que estimulam a expressão facial e melhoram a clareza da fala podem ser extremamente benéficos. 

Isso não apenas ajuda com a comunicação, mas também melhora a interação social, que é muito importante para a saúde mental e emocional do indivíduo.

Os objetivos da fisioterapia especializada em Doença de Parkinson

De maneira geral, os objetivos da fisioterapia especializada em Doença de Parkinson visam reduzir o impacto dos sintomas no dia a dia através de uma abordagem focada na mobilidade funcional. Os benefícios são abrangentes, desde melhorias na mobilidade e na postura até o aumento da confiança e da autoestima.

Entendendo a Doença de Parkinson

Breve revisão sobre a Doença de Parkinson e seus sintomas

A Doença de Parkinson é a segunda condição neurodegenerativa mais comum na população mundial e afeta principalmente os indivíduos idosos. 

Com o aumento da expectativa de vida, espera-se um crescimento expressivo do número de pessoas com Parkinson nas próximas décadas. 

A doença é caracterizada pela degeneração de neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, bem como por alterações em outros sistemas neuronais, causando uma série de sintomas motores e não motores.

Os sintomas motores característicos incluem bradicinesia (movimentos curtos e lentos), tremores, rigidez muscular, instabilidade postural (desequilíbrio) e dificuldades de coordenação. 

Esses sintomas podem variar tanto na forma de apresentação (por exemplo, nem todas as pessoas com Parkinson tem tremor) quanto na gravidade e impactar significativamente a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes. 

Os sintomas não motores, por sua vez, são comuns e podem interferir no desempenho funcional, como a ansiedade, a depressão e as alterações cognitivas, a exemplo da dificuldade em fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo.

Necessidade de intervenção terapêutica precoce

Devido ao impacto negativo na mobilidade e nas atividades cotidianas, a intervenção terapêutica precoce é crucial no manejo da Doença de Parkinson

A fisioterapia desempenha um papel essencial nesse cenário, pois ajuda a manter ou melhorar a amplitude de movimento, a força muscular, a agilidade, o equilíbrio, a marcha e a coordenação.

Avaliação e planejamento Terapêutico

Na fisioterapia especializada em Doença de Parkinson, a avaliação inicial é um passo crucial. Com base nela, o fisioterapeuta trabalha em conjunto com o paciente para definir metas realistas e individualizadas. 

Com as metas estabelecidas, o profissional elabora um plano de tratamento personalizado

Esse plano inclui abordagens terapêuticas específicas, técnicas e exercícios apropriados para as necessidades do paciente. 

O plano também leva em consideração a progressão ao longo do tempo, ajustando as estratégias à medida que o indivíduo alcança novos marcos de reabilitação.

Áreas centrais da fisioterapia especializada em Parkinson

Na fisioterapia especializada em Doença de Parkinson, as cinco áreas centrais abordadas são: 

  • Capacidade física: engloba a capacidade dos sistemas cardiorrespiratório e também muscular, sendo concretizada pelas vias da tolerância ao exercício, tônus, mobilidade das articulações e a potência e resistência da musculatura. 
  • Transferências: são sequências de movimentos, como sentar e levantar da cadeira, deitar e levantar da cama e se virar na cama. 
  • Atividades manuais: atividades que englobam movimentos com a mão, exigindo fluidez, coordenação, velocidade e eficiência. 
  • Equilíbrio e quedas: envolve as limitações na mudança e manutenção da posição do corpo, identificação de fatores associados a quedas e prevenção. 
  • Marcha: no Parkinson, é comum ocorrerem distúrbios de marcha como redução de balanço do braço, passos pequenos e arrastados e lentificação.

O papel da terapia ocupacional

Integrar a terapia ocupacional às sessões de fisioterapia pode ser crucial, pois ajuda no manejo de atividades diárias e melhora a funcionalidade geral do paciente. 

Essa colaboração permite que os exercícios sejam mais direcionados à prática do dia a dia, melhorando a autonomia do paciente em suas atividades cotidianas.

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Cuidados com a postura

Outros aspectos importantes que também são considerados no tratamento fisioterapêutico são a postura, que influencia a realização das transferências, as atividades manuais, o equilíbrio e a marcha, além das questões respiratórias e ocorrência de dor.

Adaptações no ambiente para a segurança e acessibilidade

Pacientes com Doença de Parkinson podem enfrentar desafios de mobilidade e equilíbrio, aumentando o risco de quedas e acidentes

Modificações simples em casa podem reduzir esses riscos, como a instalação de corrimãos em escadas e corredores, colocação de tapetes antiderrapantes, remoção de obstáculos e organização dos móveis de forma a facilitar a locomoção.

O fisioterapeuta também pode orientar sobre outras adaptações, de acordo com suas percepções sobre as necessidades do indivíduo.

Benefícios da fisioterapia a longo prazo

Conheça os benefícios da fisioterapia especializada em Doença de Parkinson a longo prazo:

Melhoria da qualidade de vida e independência funcional

A Fisioterapia Neurofuncional oferece benefícios a longo prazo, como a melhoria da qualidade de vida e a manutenção da independência funcional. 

Os exercícios, técnicas e abordagens utilizados ao longo do tratamento visam promover a funcionalidade e permitir que os pacientes realizem suas atividades diárias com maior facilidade.

Prevenção de quedas e lesões associadas

As intervenções fisioterapêuticas ajudam a prevenir quedas e possíveis lesões associadas, como cortes e fraturas de quadril. 

Elas atuam em diversos fatores de risco para quedas em pessoas com Parkinson, como desequilíbrio, congelamento da marcha, redução da velocidade do caminhar e fraqueza muscular.

Acompanhamento contínuo e progresso do tratamento

O tratamento fisioterapêutico é um processo contínuo, onde os pacientes são acompanhados ao longo do tempo. 

O progresso é monitorado e os planos de tratamento são ajustados conforme as mudanças nas necessidades e nas metas do paciente.

A fisioterapia especializada em Doença de Parkinson sempre pode ser adaptada as necessidades de cada um. Ela promove benefícios abrangentes de modo individualizado. 

Se você tem interesse por esse serviço, não deixe de entrar em contato. Venha conhecer o trabalho da Dra. Lorena, especialista em transtornos do movimento!

Lorena Rosa Almeida
Fisioterapeuta Neurofuncional
CREFITO 7: 69.146-F

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Perguntas Frequentes sobre Fisioterapia Especializada em Parkinson

Confira perguntas frequentes sobre o tema:

É recomendado que o paciente faça uma avaliação com fisioterapeuta assim que for diagnosticado com Parkinson. O plano de tratamento é personalizado e pode seguir diferentes caminhos de acordo com a necessidade do paciente.

Sim, os exercícios são adaptados de acordo com o estágio da doença e as capacidades individuais do paciente. Em estágios iniciais, o foco pode ser em manter a mobilidade geral, enquanto em estágios avançados, a ênfase pode ser na prevenção de complicações secundárias.

Sim, a fisioterapia pode incluir exercícios que visam minimizar os tremores, melhorar a coordenação e reduzir a influência dos tremores nas atividades diárias.

Sim, a fisioterapia pode ser benéfica em todos os estágios da doença, incluindo casos avançados. O tratamento é adaptado para focar na prevenção de complicações e na melhoria da qualidade de vida.

Não é comum ocorrerem lesões durante a fisioterapia. É importante seguir as orientações do fisioterapeuta e realizar os exercícios de forma controlada. A supervisão adequada durante as sessões também é fundamental para prevenir lesões.

Não, não há idade limite para iniciar a fisioterapia. Ela pode ser benéfica para pacientes de todas as idades, adaptando-se às necessidades individuais.

Sim, a fisioterapia pode ajudar a prevenir e tratar complicações musculoesqueléticas, como redução da massa muscular e problemas de postura.

Muitas vezes, com poucas sessões de fisioterapia especializada, os benefícios na mobilidade e funcionalidade já podem ser observados pelo paciente. É importante lembrar que alguns fatores podem influenciar os resultados, como alterações cognitivas e engajamento do paciente no tratamento.

A longo prazo, espera-se uma melhoria na funcionalidade, independência, qualidade de vida e prevenção de complicações. Os pacientes podem observar uma maior capacidade de realizar atividades diárias e uma melhor adaptação às mudanças causadas pela doença.