Tire suas Dúvida sobre Fisioterapia Neurofuncional e Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento

Tire suas dúvidas sobre o tratamento com Fisioterapia Neurofuncional e Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento com o suporte de uma profissional qualificada como a Dra. Lorena Rosa Almeida. Confira abaixo diversas perguntas frequentes e suas respostas sobre o tema!

De acordo com a Resolução COFFITO no 562 de 9 de dezembro de 2022, a Fisioterapia Neurofuncional é uma especialidade da Fisioterapia que consiste em uma abordagem diagnóstica fisioterapêutica, bem como a atuação na promoção, prevenção, manutenção, adaptação e recuperação da saúde neurofuncional, assim como cuidados paliativos, nas disfunções perceptomotoras e cognitivas, e incapacidades resultantes de acometimentos do sistema nervoso.

Ela é recomendada em uma ampla variedade de condições, como após acidente vascular cerebral, lesões cerebrais traumáticas, doenças neurodegenerativas (Parkinson, Alzheimer, etc.), lesões medulares e paralisia facial, entre outras.

A Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento é um campo de atuação específico da Fisioterapia Neurofuncional e tem uma abordagem direcionada para pessoas com doença de Parkinson, Parkinsonismo Atípico, Transtornos Funcionais do Movimento, Doença de Huntington, Distonias, dentre outros transtornos do movimento.

A Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento é específica para esses distúrbios neurológicos, usando abordagens e técnicas direcionadas às necessidades desses pacientes.

A avaliação inicial envolve uma anamnese detalhada que vai direcionar o exame físico-funcional. Através da realização de testes clínicos e escalas são avaliados o equilíbrio, a marcha e outros aspectos específicos relacionados à condição de saúde do paciente, identificando suas limitações funcionais.

Métodos como PWR!Moves® e LSVT BIG® foram desenvolvidos para pessoas com Parkinson e são frequentemente empregados por fisioterapeutas certificados, além de técnicas variadas de acordo com a condição do paciente.

As técnicas são projetadas para minimizar o desconforto, mas a resposta varia de acordo com a sensibilidade do paciente e a gravidade da condição. Pode haver a sensação de dor muscular após a realização de exercícios físicos, assim como ocorre em pessoas sem comprometimento neurológico.

A frequência varia conforme a condição do paciente e o plano de tratamento, podendo ser de algumas vezes por semana até sessões menos frequentes, com prescrição de exercícios para fazer em casa.

Sim, o fisioterapeuta que atua nessa área pode realizar atendimentos em domicílio, consultórios, clínicas e hospital, por exemplo.

Uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, colabora para oferecer um cuidado completo e abrangente ao paciente.

Os resultados variam de pessoa para pessoa, mas de forma geral espera-se melhorar a mobilidade, a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida, mesmo em condições neurológicas crônicas.

A recomendação é que a pessoa com Parkinson faça uma avaliação com fisioterapeuta assim que receber o diagnóstico da doença e diferentes planos de acompanhamento podem ser traçados a depender da condição de cada uma. O início precoce da fisioterapia no caso da Doença de Parkinson é de extrema importância por várias razões:

  • Retardamento de Limitações Funcionais: A fisioterapia precoce pode ajudar a minimizar o comprometimento das funções motoras, atrasando o surgimento de problemas com a mobilidade e, consequentemente, preservando a funcionalidade e a independência.
  • Adaptação à Nova Realidade: Desde o início, a fisioterapia auxilia o paciente a aprender a lidar com os desafios motores causados pela doença, permitindo uma adaptação mais suave às mudanças físicas.
  • Melhoria da Qualidade de Vida: Ao manter a mobilidade funcional e a independência, a fisioterapia contribui para uma melhor qualidade de vida, permitindo que os pacientes continuem a realizar atividades diárias e participar ativamente de suas vidas.
  • Prevenção de Inatividade: A fisioterapia ajuda a prevenir a inatividade ao aumentar o nível de atividade física e incentivar a realização de exercícios físicos de forma regular. 
  • Educação e Treinamento: Iniciar a fisioterapia cedo permite que o paciente e seus cuidadores aprendam técnicas e estratégias para otimizar a funcionalidade, promovendo a independência no dia a dia.
  • Preservação da Autonomia: A intervenção precoce visa a manter a autonomia e a capacidade do paciente de cuidar de si mesmo, o que é essencial para a autoestima e a autoconfiança.
  • Melhoria da Adesão: Começar o tratamento logo após o diagnóstico ajuda a estabelecer uma rotina terapêutica desde o início, o que pode aumentar a adesão do paciente ao longo do tempo.
  • Construção de Hábitos Saudáveis: O tratamento precoce pode estabelecer uma base sólida para a prática regular de exercícios e realização de acompanhamento com outros profissionais da saúde, incentivando hábitos saudáveis que podem ser mantidos ao longo da progressão da doença.

Em resumo, o início precoce da fisioterapia na Doença de Parkinson não apenas busca preservar a funcionalidade existente, mas também visa a maximizar a qualidade de vida e promover a independência, permitindo que os pacientes enfrentem os desafios da doença de maneira mais eficaz e positiva.

A colaboração ativa do paciente desempenha um papel fundamental na eficácia e sucesso da Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento. Aqui estão algumas razões que destacam a importância dessa colaboração:

 

  • Empoderamento: Ao envolver-se ativamente no tratamento, o paciente se torna um parceiro ativo em sua própria recuperação, o que pode aumentar sua confiança e senso de gerenciamento sobre sua condição.
  • Melhoria dos Resultados: O engajamento ativo do paciente na realização de exercícios, técnicas e estratégias recomendadas pelo fisioterapeuta tende a levar a resultados mais positivos e melhores ganhos funcionais.
  • Adesão ao Tratamento: A participação ativa do paciente aumenta a adesão ao plano de tratamento, incluindo a realização de exercícios em casa e a frequência regular das sessões, o que pode acelerar a progressão e a melhoria.
  • Autonomia: Ao aprender as técnicas e estratégias necessárias, o paciente ganha ferramentas para gerenciar sua própria condição de maneira mais independente no dia a dia.
  • Autocuidado: A colaboração ativa promove a adoção de hábitos saudáveis e de autocuidado, o que pode ser benéfico a longo prazo na gestão da saúde.
  • Feedback Direto: O paciente é a pessoa que vivencia os sintomas e a eficácia das intervenções. Sua colaboração ativa fornece feedback direto ao fisioterapeuta, permitindo ajustes precisos no tratamento.
  • Motivação: Ao ver os resultados positivos de seu esforço, o paciente se sente mais motivado a continuar o tratamento e a buscar a melhoria contínua.
  • Educação e Conscientização: A colaboração ativa também envolve o aprendizado sobre a condição, o que aumenta a conscientização do paciente sobre sua saúde e o incentiva a tomar medidas proativas.
  • Participação no Processo de Decisão: O paciente tem um papel ativo na definição de metas e na personalização do plano de tratamento, o que contribui para um tratamento mais centrado no paciente.
  • Fortalecimento do Relacionamento: A colaboração estabelece um relacionamento mais forte e empático entre o paciente e o fisioterapeuta, criando uma parceria de trabalho eficaz.

No geral, a colaboração ativa do paciente na Fisioterapia Especializada em Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento é um fator-chave para alcançar melhores resultados e promover uma recuperação mais eficaz, permitindo que o paciente tenha um papel ativo e construtivo em sua jornada de reabilitação.