Marcha e Parkinson: Compreendendo os primeiros sinais e como a fisioterapia pode ajudar
Postado em: 26/08/2024
O Parkinson afeta principalmente o sistema motor, provocando diversos sintomas que impactam a qualidade de vida do paciente. Um dos primeiros sinais mais comuns dessa doença é a alteração na marcha.
Este artigo foca em entender esses primeiros sinais e como a fisioterapia pode desempenhar um papel crucial no auxílio aos indivíduos. Continue sua leitura para conferir!
Primeiros sinais de alteração na marcha devido ao Parkinson
A marcha, ou o modo como uma pessoa caminha, é frequentemente afetada nas fases iniciais do “Parkinson”. Os sinais iniciais podem incluir:
- Redução da velocidade ao caminhar: Os pacientes muitas vezes apresentam uma diminuição na velocidade e na fluidez dos passos.
- Passos arrastados: Os pacientes podem começar a arrastar os pés enquanto caminham, reduzindo a elevação normal do pé do chão.
- Diminuição do balanço dos braços: Geralmente um dos braços pode não balançar naturalmente ao caminhar.
- Postura inclinada: Muitos pacientes desenvolvem uma postura inclinada para frente, que pode contribuir para o desequilíbrio do corpo.
Essas mudanças na marcha não são apenas incômodas; elas aumentam significativamente o risco de quedas, que podem ter consequências graves para a saúde.
Como a fisioterapia para Parkinson pode ajudar?
A fisioterapia é uma das intervenções mais eficazes para lidar com as alterações na marcha associadas ao Parkinson. Os fisioterapeutas utilizam uma série de técnicas para ajudar a melhorar a mobilidade e a segurança dos pacientes, tais como:
- Exercícios de fortalecimento e flexibilidade: Aumentar a força muscular e a flexibilidade pode ajudar a melhorar a capacidade dos pacientes de levantar os pés do chão e a manter uma postura mais ereta.
- Treinamento de marcha: Especialistas em fisioterapia neurofuncional podem trabalhar com os pacientes em exercícios específicos para melhorar o padrão de caminhada, incluindo o aumento da amplitude dos passos e a melhoria do balanço dos braços.
- Uso de pistas externas: Tanto as pistas visuais, como marcações feitas no chão, quanto as pistas auditivas, a exemplo do metrônomo, podem ser usadas para ajudar a melhorar o tamanho do passo e a velocidade da marcha.
- Estratégias de segurança para prevenção de quedas: Ensinar aos pacientes e seus cuidadores técnicas para evitar quedas é uma parte vital do tratamento fisioterapêutico, mesmo nas fases iniciais da doença.
A importância da intervenção precoce
Quanto mais cedo a fisioterapia for iniciada após o diagnóstico de Parkinson, maiores são as contribuições para a independência do paciente.
A intervenção precoce pode não apenas retardar a progressão dos sintomas, mas também ensinar habilidades cruciais que ajudam a lidar melhor com os desafios diários associados à doença.
Abordagens inovadoras na fisioterapia para Parkinson
Além das técnicas já mencionadas, a fisioterapia para Parkinson também pode se beneficiar de abordagens mais inovadoras que incorporam tecnologia e contextos diversos.
Por exemplo, a realidade virtual (RV) pode ser um recurso adicional no tratamento de distúrbios de movimento.
Através de simulações que mimetizam situações reais, a RV pode ajudar a melhorar a marcha e o equilíbrio de maneira segura e controlada, permitindo que os pacientes pratiquem repetidamente movimentos específicos em um ambiente virtual que pode ser adaptado às suas necessidades individuais.
A inclusão de exercícios aquáticos é outra modalidade que pode trazer benefícios significativos para os pacientes com Parkinson.
A resistência natural da água ajuda a fortalecer os músculos sem o risco de quedas, enquanto a flutuabilidade reduz o peso sobre as articulações, facilitando a realização de movimentos que podem ser difíceis em terra.
Essas sessões podem ajudar a melhorar não apenas a marcha, mas também a flexibilidade geral e o bem-estar.
Essas estratégias, juntamente com a intervenção precoce e regular, são importantes para maximizar a funcionalidade e minimizar a progressão dos sintomas em pacientes com Parkinson.
Com o tratamento adequado e o suporte de uma equipe multidisciplinar, os indivíduos podem manter uma qualidade de vida muito mais alta e prolongar sua independência.
Em resumo, a fisioterapia para Parkinson é um componente essencial e diferencial no tratamento e no dia a dia dos pacientes. Não deixe de buscar ajuda!
Para mais informações, visite meu site ou entre em contato. Estou comprometida em ajudar a alcançar os melhores resultados possíveis com abordagens personalizadas e baseadas em evidências.
Lorena Rosa Almeida
Fisioterapeuta Neurofuncional
CREFITO 7: 69.146-F
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