Entendendo o impacto do Parkinson no equilíbrio e como a fisioterapia pode ajudar
Postado em: 05/08/2024
O Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta principalmente o controle dos movimentos. Um dos sintomas mais desafiadores é a instabilidade postural, ou seja, a dificuldade em manter o equilíbrio.
Este artigo traz considerações importantes sobre o papel da fisioterapia no manejo desta condição, comentando suas práticas e seus benefícios. Continue a leitura para conferir!
A relação entre o Parkinson e o equilíbrio
O equilíbrio é uma função complexa do corpo que depende da coordenação de várias estruturas do sistema nervoso.
No “Parkinson”, a perda progressiva de neurônios que produzem dopamina no cérebro leva a uma desregulação desse sistema, afetando diretamente a capacidade de manter o equilíbrio.
Isso pode aumentar o risco de quedas, que são uma grande preocupação para os pacientes e suas famílias. Além disso, a rigidez muscular e a lentidão dos movimentos, sintomas característicos da doença, também contribuem para a dificuldade em realizar ajustes rápidos necessários para manter o equilíbrio.
A fisioterapia no tratamento da instabilidade postural
A intervenção fisioterapêutica é fundamental para gerenciar as dificuldades de equilíbrio em pacientes com Parkinson. Segundo a Diretriz Europeia de Fisioterapia para a Doença de Parkinson, as estratégias incluem:
- Exercícios para fortalecimento muscular: Melhorar a força muscular é essencial para dar suporte às articulações e manter a postura adequada.
- Treinamento de equilíbrio: O fisioterapeuta utiliza técnicas específicas que desafiam a capacidade do paciente de manter o equilíbrio em diversas situações, ajudando a reduzir o risco de quedas.
- Treinamento de marcha: O profissional ensina técnicas para melhorar a segurança e a eficiência ao caminhar, como aumentar a amplitude dos passos e melhorar a velocidade.
Essas intervenções são adaptadas às necessidades individuais de cada paciente, levando em conta o estágio da doença e as capacidades específicas.
A fisioterapia proporciona não apenas uma melhoria na mobilidade e independência, mas também contribui para a confiança do paciente.
A importância da fisioterapia preventiva
Além de tratar os sintomas existentes, a fisioterapia tem um papel crucial na prevenção de complicações futuras. Programas de exercícios regulares e personalizados podem ajudar a retardar a progressão dos sintomas do Parkinson e a manter a funcionalidade por mais tempo.
Ao ser iniciada logo após o diagnóstico, a fisioterapia oferece um suporte integral, ajudando a manter a independência e autonomia do indivíduo.
O papel educacional da fisioterapia para Parkinson
A fisioterapia para Parkinson deve integrar técnicas que envolvam não só o tratamento físico e prático, mas também orientações educacionais para os pacientes e seus familiares.
Isso inclui ensinar técnicas seguras para se levantar de uma cadeira, virar na cama e caminhar em superfícies irregulares, por exemplo.
A ideia é preparar o indivíduo para se locomover com segurança e confiança no dia a dia e não apenas quando estiver realizando exercícios ou se estiver na presença do fisioterapeuta.
Além disso, aconselha-se o uso de dispositivos de auxílio, como bengalas ou andadores, quando necessário, para aumentar a segurança durante a locomoção.
A fisioterapia oferece também um suporte emocional importante, pois a redução da mobilidade pode ser frustrante e desafiadora, tanto física quanto emocionalmente. O fisioterapeuta, ao estabelecer uma relação de confiança e compreensão com o paciente, torna-se um ponto de suporte essencial no manejo da doença.
O encorajamento constante e a adaptação dos exercícios conforme a progressão da doença são fundamentais para manter a autoestima do paciente elevada e a motivação em continuar se exercitando.
A fisioterapia e o trabalho multidisciplinar
Por fim, a importância de uma abordagem interdisciplinar é incontestável.
A colaboração com neurologistas, nutricionistas e psicólogos, entre outros profissionais de saúde, garante um cuidado integral e personalizado, focando não apenas nos sintomas físicos, mas também nas necessidades emocionais e nutricionais, que são vitais para o bem-estar geral do paciente.
A integração de múltiplas perspectivas e especialidades enriquece o plano de tratamento e maximiza os resultados positivos para os pacientes com Parkinson.
Em resumo, com uma série de práticas e ensinamentos fundamentais, a fisioterapia é uma base essencial para pacientes com Parkinson. Para alcançar todos esses benefícios, é preciso buscar um profissional com amplos conhecimentos e experiência em relação ao tratamento de pessoas com essa condição de saúde.
Deixo aqui o convite para você acessar meu site e conferir mais informações. Fique à vontade também para entrar em contato e agendar um horário para conversarmos!
Lorena Rosa Almeida
Fisioterapeuta Neurofuncional
CREFITO 7: 69.146-F
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