Quais os benefícios da Fisioterapia em Pessoas com Parkinson

Postado em: 24/11/2023

A doença de Parkinson, uma condição neurodegenerativa progressiva, apresenta-se como um desafio complexo para aqueles que por ela são afetados. Caracterizada por sintomas motores como tremores, rigidez muscular e bradicinesia, essa condição compromete a qualidade de vida e a independência dos pacientes. Nesse contexto, a Fisioterapia em Pessoas com Parkinson é uma peça fundamental no quebra-cabeça do tratamento.

Quais os benefícios da Fisioterapia em Pessoas com Parkinson

Com abordagens terapêuticas customizadas, a fisioterapia busca não apenas mitigar os sintomas motores, mas também preservar a mobilidade, melhorar o equilíbrio e fortalecer a musculatura, permitindo que os pacientes enfrentem os desafios diários com maior facilidade. 

Através de exercícios especializados, treinamento de marcha e estratégias para melhorar o desempenho em atividades cotidianas, a fisioterapia não só visa aprimorar a função física, mas também empoderar os pacientes a manterem sua independência funcional, promovendo uma abordagem integrada e abrangente para o gerenciamento da doença de Parkinson. Saiba mais no artigo!

Quais são os sintomas do Parkinson?

A doença de Parkinson é um transtorno do movimento caracterizado por uma variedade de sintomas, sendo os mais proeminentes os seguintes:

  • Tremor de Repouso: Movimentos involuntários, geralmente começando em uma extremidade, como uma das mãos, e podendo se estender para outras partes do corpo. Esse tipo de tremor ocorre quando o membro afetado está em repouso, com o braço parado em cima da perna ou no braço da cadeira, por exemplo.
  • Rigidez Muscular: Os músculos podem ficar mais rígidos, causando desconforto e dificultando os movimentos. Ocorre uma resistência quando as articulações são movimentadas, a exemplo da maior rigidez em cotovelo e punho.
  • Bradicinesia: Refere-se à lentidão e à redução da amplitude dos movimentos. Os movimentos tornam-se mais lentos e os gestos podem perder sua fluidez natural.
  • Instabilidade Postural: Pessoas com Parkinson frequentemente têm dificuldade em manter o equilíbrio ao realizar atividades sem deslocamento do corpo, como ao vestir uma roupa ou se inclinar para pegar um objeto, e atividades com deslocamento, como ao caminhar. Isso aumenta o risco de quedas.
  • Alterações na Postura: O alinhamento corporal tende a se modificar e pessoas com Parkinson podem apresentar postura inclinada para a frente e/ou para um lado.
  • Alterações na Marcha: A marcha pode se tornar lenta, com passos curtos e dificuldade em girar ou mudar de direção. Isso pode afetar a mobilidade e a independência. O congelamento da marcha, sensação de que os pés estão colados ao chão, também pode ocorrer com o passar do tempo.
  • Alterações na Escrita: A caligrafia pode se tornar menor e mais difícil de ler, com letras mais apertadas e um padrão de escrita irregular (micrografia).
  • Alterações na Expressão Facial: A diminuição da expressão facial pode fazer com que a pessoa pareça estar com um rosto inexpressivo.
  • Distúrbios do Sono: Problemas como insônia, sonolência excessiva durante o dia e transtorno comportamental do sono REM são comuns.
  • Distúrbios Cognitivos: Algumas pessoas com Parkinson podem experimentar alterações na atenção, concentração, habilidades de resolução de problemas e para realizar duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Ao longo do tempo, também podem ocorrer alterações de memória.
  • Distúrbios Autonômicos: Isso inclui sintomas como constipação, problemas de controle da bexiga, queda da pressão arterial ao levantar-se (hipotensão postural) e sudorese excessiva.

É importante notar que os sintomas podem variar amplamente de pessoa para pessoa, e nem todos os pacientes com Parkinson apresentarão todos esses sintomas. Por exemplo, existem pessoas com Parkinson que não apresentam tremor. Um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado, muitas vezes envolvendo uma equipe multidisciplinar, são fundamentais para lidar eficazmente com a doença e seus sintomas.

Por que a pessoa com Parkinson precisa de fisioterapia?

A pessoa com Parkinson precisa da fisioterapia devido aos diversos desafios físicos que a doença apresenta. A degeneração das células nervosas produtoras de dopamina leva a sintomas motores como tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e problemas de equilíbrio, afetando diretamente a funcionalidade e a qualidade de vida. 

A fisioterapia em pacientes com Parkinson desempenha um papel crucial ao abordar esses sintomas de maneira personalizada. Através de exercícios terapêuticos, técnicas de mobilização, treinamento de marcha e estratégias de coordenação, a fisioterapia visa melhorar a mobilidade, a flexibilidade, o equilíbrio e a força muscular, permitindo que o paciente mantenha a independência funcional, reduza o risco de quedas e supere os obstáculos impostos pela doença.

Além disso, a fisioterapia pode proporcionar um impulso emocional, promovendo a confiança e o bem-estar geral, tornando-se assim uma parte integral e essencial do plano de tratamento abrangente para pessoas com Parkinson.

Quais os benefícios da Fisioterapia em Pessoas com Parkinson?

A FISIOTERAPIA EM PESSOAS COM PARKINSON oferece uma variedade de benefícios significativos, abordando de maneira abrangente os desafios físicos que a condição apresenta:

  • Melhoria da Mobilidade e Flexibilidade: Através de exercícios terapêuticos e técnicas específicas, a fisioterapia ajuda a preservar e/ou melhorar a amplitude de movimento das articulações e a flexibilidade muscular, minimizando a rigidez e facilitando os movimentos.
  • Fortalecimento Muscular: Exercícios de resistência e fortalecimento específicos contribuem para combater a fraqueza muscular causada pela doença e redução do nível de atividade física, permitindo melhor sustentação do corpo e execução de tarefas cotidianas.
  • Equilíbrio Aprimorado: A fisioterapia inclui treinamento de equilíbrio e coordenação para reduzir o risco de quedas, melhorando a capacidade do paciente de manter a estabilidade ao caminhar e executar atividades.
  • Melhoria da Marcha: Técnicas de fisioterapia ajudam a aprimorar a marcha, minimizando padrões anormais de movimento, reduzindo o arrastar dos pés no chão e promovendo um ritmo mais natural.
  • Prevenção de Quedas: Através da atuação em diferentes fatores de risco para quedas, como exercícios desafiadores para o equilíbrio e orientações sobre modificações no ambiente domiciliar, a fisioterapia ajuda a prevenir quedas.
  • Independência Funcional: Ao otimizar a funcionalidade física, a fisioterapia permite que os pacientes mantenham a independência na realização de atividades diárias, como vestir-se, tomar banho e preparar refeições.
  • Redução da Dor: Diferentes técnicas de mobilização podem ajudar a aliviar a dor, comum na doença de Parkinson.
  • Promoção da Autoconfiança: Ao melhorar a mobilidade e a capacidade de realizar tarefas, a fisioterapia aumenta a autoconfiança do paciente, o que pode ter impactos positivos no bem-estar psicológico.
  • Estímulo à Atividade Física Regular: A fisioterapia incentiva a incorporação de exercícios e atividades físicas regulares na rotina do paciente, promovendo benefícios duradouros para a saúde geral.
  • Tratamento integral: A abordagem individualizada da fisioterapia abrange uma variedade de aspectos, incluindo as necessidades emocionais e funcionais do paciente, contribuindo para um tratamento completo e abrangente.

Em conjunto com outras terapias e abordagens multidisciplinares, a fisioterapia desempenha um papel fundamental no manejo da doença de Parkinson, permitindo que os pacientes mantenham uma maior independência em suas atividades diárias e alcancem uma melhor qualidade de vida.

Em síntese, a fisioterapia é um componente crucial e altamente benéfico dentro do plano terapêutico de pacientes com Parkinson. Sua abordagem personalizada e abrangente visa aprimorar a mobilidade, fortalecer a musculatura, melhorar o equilíbrio e, por conseguinte, potencializar a independência funcional e a qualidade de vida. 

Além de combater os sintomas motores, a “fisioterapia em pessoas com Parkinson” também promove autoconfiança, reduzindo a limitação física e proporcionando um sentido de realização. Ao ser integrada a um plano de tratamento multidisciplinar, a fisioterapia desempenha um papel transformador, capacitando os pacientes a enfrentar os desafios do Parkinson com maior resiliência, otimismo e bem-estar global. Portanto, sua presença no plano terapêutico é essencial para potencializar o gerenciamento da doença e promover uma vida mais plena e ativa.

A Dra. Lorena Rosa Almeida é fisioterapeuta e realiza a Fisioterapia em Pessoas com Parkinson, contando com muitos anos de experiência e atuação acadêmica. Entre em contato e agende a sua avaliação!


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