Compreendendo a disfunção do movimento no Parkinsonismo Atípico: Formas e sintomas

Postado em: 19/08/2024

Compreendendo a disfunção do movimento no Parkinsonismo Atípico Formas e sintomas

O Parkinsonismo Atípico é um termo usado para descrever um grupo de transtornos neurológicos que causam sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, mas que diferem em várias características dessa condição. 

Hoje vamos conversar sobre as formas e sintomas do Parkinsonismo atípico, destacando a importância da fisioterapia no seu manejo. Aproveite sua leitura!

Formas do Parkinsonismo Atípico

Ao contrário da doença de Parkinson, que geralmente é lentamente progressiva, o Parkinsonismo Atípicotende a apresentar uma evolução mais rápida dos sintomas e a impactar a independência e a funcionalidade de forma mais precoce.

Alguns dos parkinsonismos atípicos mais comuns incluem:

  • Atrofia de múltiplos sistemas (AMS): Caracteriza-se pela perda progressiva de neurônios em diferentes áreas do cérebro, incluindo os sistemas que controlam os movimentos voluntários e as funções autonômicas.
  • Paralisia supranuclear progressiva (PSP): Uma condição que afeta o movimento dos olhos, o equilíbrio, a mobilidade e as funções cognitivas devido à degeneração dos neurônios em áreas específicas do cérebro.
  • Degeneração corticobasal (DCB): Uma doença progressiva que afeta os neurônios em várias partes do cérebro, levando a problemas motores, dificuldades no movimento e problemas cognitivos.

Essas condições são geralmente menos responsivas ao tratamento padrão para a doença de Parkinson, o que as torna particularmente desafiadoras tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

No entanto, é possível encontrar profissionais especializados no seu tratamento, com amplo conhecimento e experiência na área. Buscar neurologistas e fisioterapeutas com expertise nesse trabalho, por exemplo, é essencial.

Sintomas do Parkinsonismo Atípico

Os sintomas do Parkinsonismo Atípico podem se sobrepor aos da doença de Parkinson, mas geralmente incluem algumas características distintivas:

  • Instabilidade postural: Muitas vezes mais acentuada do que na doença de Parkinson, levando a um risco maior de quedas.
  • Problemas oculomotores: Especialmente comum na PSP, onde os pacientes têm dificuldade em mover os olhos verticalmente.
  • Disfunção autonômica: Inclui alterações na pressão arterial, problemas urinários e disfunção sexual, mais típicos na AMS, embora possam ocorrer em fases mais tardias da doença de Parkinson.
  • Apresentação simétrica: Diferente da doença de Parkinson, em que normalmente os sintomas se iniciam de forma assimétrica, com um lado mais comprometido do que o outro, pacientes com parkinsonismo atípico podem apresentar rigidez e lentidão dos movimentos de forma similar nos dois lados do corpo.

O papel da fisioterapia para Parkinsonismo Atípico

A fisioterapia é essencial para o manejo dos sintomas do Parkinsonismo Atípico. Embora os tratamentos farmacológicos possam ser limitados em sua eficácia, a fisioterapia oferece melhorias significativas na qualidade de vida. 

As intervenções podem incluir:

  • Exercícios de fortalecimento e flexibilidade: Ajudam a manter a amplitude de movimento e reduzir a rigidez.
  • Treinamento de equilíbrio e marcha: Crucial para reduzir o risco de quedas e melhorar a mobilidade.
  • Educação do paciente e da família: Fornecer informações sobre a doença e como gerenciar os sintomas no dia a dia.

Estas intervenções são ajustadas para atender às necessidades específicas de cada pessoa, considerando os sintomas predominantes e o estágio da doença. A abordagem personalizada ajuda a maximizar a independência dos pacientes e a manter sua qualidade de vida.

Abordagens complementares da fisioterapia para Parkinsonismo Atípico

Além das técnicas fisioterapêuticas mencionadas, é fundamental integrar abordagens inovadoras e terapias complementares que podem beneficiar os pacientes com Parkinsonismo Atípico

A inclusão de atividades como tai chi, yoga e pilates pode ter um impacto positivo no manejo da rigidez e na melhoria do equilíbrio e da flexibilidade, por exemplo. 

Essas práticas não apenas auxiliam na manutenção da função física mas também promovem o bem-estar mental e reduzem o estresse, que pode exacerbar os sintomas da doença.

A terapia ocupacional também desempenha um papel crucial, ajudando os pacientes a adaptar suas atividades diárias para melhorar a independência e a segurança. 

Isso pode incluir adaptações no lar para minimizar o risco de quedas, bem como estratégias para gerenciar atividades cotidianas com mais eficiência, apesar das limitações impostas pelo Parkinsonismo.

Por fim, é essencial que os pacientes recebam suporte contínuo e avaliações regulares para ajustar o plano de tratamento conforme necessário. 

A progressão dos sintomas do Parkinsonismo Atípico pode variar significativamente de uma pessoa para outra, o que exige uma abordagem dinâmica e responsiva em termos de fisioterapia e cuidado geral. 

A colaboração estreita entre fisioterapeutas, médicos, familiares e outros cuidadores é indispensável para proporcionar um cuidado integral e eficaz, assegurando que cada paciente atinja seu potencial máximo de saúde e qualidade de vida.

Em resumo, a fisioterapia deve ser compreendida como uma base fundamental nos tratamentos de Parkinsonismo Atípico. Não deixe de buscar ajuda personalizada!

Para mais informações sobre o assunto, você pode visitar meu site ou entrar em contato pelo WhatsApp. Podemos conversar melhor sobre suas particularidades durante uma consulta!

Lorena Rosa Almeida
Fisioterapeuta Neurofuncional
CREFITO 7: 69.146-F

Leia também:


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.