Identificando sintomas e diagnóstico de Distúrbios do Movimento

Postado em: 26/06/2024

Identificando sintomas e diagnóstico de Distúrbios do Movimento

Os Distúrbios do Movimento podem ter diferentes sintomas. Se informar sobre o assunto é importante para identificar com mais facilidade indícios dessas condições e buscar ajuda profissional quando necessário.

Hoje vamos conversar um pouco sobre exemplos de sintomas de distúrbios do movimento e como funciona o seu diagnóstico. Continue a leitura para conferir!

O que são distúrbios do movimento?

Um distúrbio do movimento refere-se a uma condição médica que afeta de alguma forma, algum aspecto de movimentos corporais

Estas condições podem manifestar-se de diversas maneiras, incluindo tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos ou outros movimentos involuntários, por exemplo. 

Doenças como Parkinson, distonia, coreia e ataxia são exemplos de distúrbios do movimento. Essas condições resultam de disfunções no sistema nervoso central, podendo ter origens diversas, como fatores genéticos, ou causas desconhecidas.

Quais são os exemplos mais comuns de sintomas de distúrbios do movimento?

Os “Distúrbios do Movimento” apresentam uma ampla variedade de sintomas. Confira alguns exemplos e considerações importantes.

Considerações sobre sintomas de distúrbios do movimento

Começo com sintomas brandos

É importante saber que os distúrbios do movimento em muitos casos podem começar de forma leve, manifestando apenas um sintoma de forma branda.

Às vezes, o efeito começa apenas em uma região pequena do corpo, que muitas vezes pode ser ignorada. 

Essa consideração é relevante para apontar a importância de observar o próprio corpo e ter atenção a pequenas mudanças, seja em movimentos, comportamentos ou sensações. 

Variedade de sinais 

Também é importante destacar que os sintomas específicos variam de acordo com o tipo e a gravidade do distúrbio do movimento.

Sintomas não motores

É crucial compreender que, além dos sintomas motores visíveis, muitos distúrbios do movimento também envolvem complicações não motoras que podem ser igualmente debilitantes. 

Sintomas como alterações cognitivas, problemas de sono, alterações emocionais e autonômicas são frequentemente relatados por pacientes. 

Estas manifestações podem incluir depressão, ansiedade, e até mesmo dificuldades com funções autonômicas como a regulação da temperatura corporal e da pressão arterial. 

A abordagem terapêutica deve, portanto, ser holística, abordando tanto os sintomas motores quanto não motores para melhorar efetivamente a qualidade de vida dos pacientes.

Exemplos de sintomas de distúrbios de movimento 

Vamos comentar a seguir exemplos de sintomas que podem ocorrer nessas condições:

  • Tremor: Um dos sintomas mais comentados é o tremor, embora ele não apareça em todos os pacientes. É um sintoma caracterizado por movimentos rítmicos e involuntários. 
  • Rigidez: A rigidez muscular é outra manifestação comum, podendo trazer resistência ao movimento passivo e diminuição da flexibilidade. 
  • Lentidão: A lentidão de movimentos, conhecida como bradicinesia, é outro exemplo. Distúrbios como a doença de Parkinson frequentemente apresentam essa lentidão em tarefas como andar ou se levantar, por exemplo. 
  • Movimentos involuntários: Além do tremor, outros movimentos involuntários e anormais, como as discinesias, também podem ser observados em alguns distúrbios. Estes podem incluir coreia, que são movimentos rápidos e irregulares, ou distonia, que é caracterizada por contrações musculares prolongadas resultando em posturas alteradas. 
  • Sintomas de coordenação e equilíbrio: Alterações na coordenação motora e equilíbrio são sintomas que podem levar a quedas. A ataxia, por exemplo, é uma condição em que a coordenação motora fina também é afetada, influenciando a precisão dos movimentos.

A importância da conscientização

A educação do paciente e dos familiares é outro pilar fundamental no manejo dos distúrbios do movimento

Ensinar os pacientes e seus cuidadores sobre a natureza progressiva e os vários aspectos dos distúrbios não apenas empodera os indivíduos envolvidos, mas também facilita a gestão das expectativas e adaptações necessárias. 

Como funciona o diagnóstico de distúrbios do movimento?

O diagnóstico de distúrbios do movimento envolve uma abordagem detalhada, que deve ser conduzida por profissionais especializados, como neurologistas. 

A avaliação inicia-se com uma análise minuciosa dos sintomas apresentados pelo paciente. 

Exames neurológicos são fundamentais, permitindo que o médico observe padrões de movimento, avalie a força muscular, reflexos e a coordenação motora.

Exames de imagem, como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC), podem ser utilizados para visualizar estruturas cerebrais e descartar possíveis causas físicas, como tumores. 

Além disso, exames laboratoriais podem ser solicitados para verificar a presença de marcadores específicos, especialmente em casos de distúrbios hereditários.

Testes específicos, como o teste de resposta à levodopa para a doença de Parkinson, podem ser conduzidos para confirmar ou descartar diagnósticos. 

Em alguns casos, estudos eletrofisiológicos, como a eletromiografia (EMG), são empregados para avaliar a atividade elétrica dos músculos e nervos.

O histórico médico detalhado do paciente, incluindo histórico familiar e uso de medicamentos no geral, é crucial para compreender o contexto do quadro clínico. Algumas condições, como a distonia, podem ser desencadeadas por fatores genéticos.

É essencial ressaltar que o diagnóstico de distúrbios do movimento pode ser complexo e, em muitos casos, é necessário um acompanhamento contínuo para monitorar o quadro e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. 

Quais os tipos mais comuns de tratamento para distúrbios do movimento?

Tratamentos para distúrbios do movimento podem incluir indicações medicamentosas, cirúrgicas e terapias não farmacológicas. 

A fisioterapia desempenha um papel importante no manejo desses distúrbios em diversas circunstâncias e demandas, oferecendo intervenções personalizadas para cuidar da mobilidade, equilíbrio, flexibilidade e força muscular. 

A indicação e as medidas de fisioterapia são várias e cada pessoa deve conversar com um especialista para encontrar o melhor para si. 

As modalidades também podem ser combinadas, sendo uma perspectiva multidisciplinar muito valiosa para o tratamento abrangente de distúrbios do movimento.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. A Dra. Lorena Rosa Almeida é fisioterapeuta pesquisadora de transtornos do movimento e pode auxiliar no seu tratamento. Entre em contato pelo whatsapp

Lorena Rosa Almeida
Fisioterapeuta Neurofuncional
CREFITO 7: 69.146-F

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